sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Exemplo de reportagem

Famílias agradecem com oração pelo sucesso no resgate dos mineiros
O último a subir na cápsula foi o socorrista Manuel Gonzales, encerrando o salvamento que durou cerca de 22 horas. Uma multidão se formou ao redor do túnel. Quando apareceu, Manuel foi abraçado pelos colegas.

Os homens que ficaram mais de dois meses presos numa mina, no norte do Chile, estão num hospital, em observação. O resgate deles durou pouco mais de 22 horas e foi acompanhado pelos enviados especiais da Rede Globo, Carlos de Lannoy e Emiliano Fabris.

Uma noite histórica no Deserto do Atacama. O operário Ariel Ticona, de 29 anos, foi o penúltimo a sair. Abraçou a mulher e mostrou o telefone que os mineiros usaram para falar, pela primeira vez, com as equipes na superfície.

De baixo da terra, o último a ser salvo subia na cápsula. Faltavam cinco minutos para as dez da noite quando a Fênix surgiu, trazendo o topógrafo Luiz Urzua, de 54 anos. Perto dali, as famílias comemoraram.

O mineiro Luiz Urzua chega à superfície. Termina em grande festa o maior resgate da história da mineração.

Urzua era o chefe do turno quando a explosão bloqueou a saída da mina San José, no dia 5 de agosto. Ele manteve os mineiros unidos. Principalmente nos primeiros 17 dias, quando não havia contato algum com a superfície.

O mineiro fez um pedido ao presidente Sebastian Piñera: “Que esta tragédia não se repita”, disse ele. E todos cantaram o hino chileno.

No acampamento, a festa das famílias não parava. As famílias dos mineiros levantaram bandeiras, uma inclusive que esteve no terremoto que atingiu o país esse ano. É um dia para a história do Chile. É um dia onde a emoção de 33 famílias é também emoção de todo um país.

Um homem disse: “A bandeira representa a força e a alegria de viver do povo chileno”.

Mas ainda era preciso trazer de volta os integrantes da equipe de resgate. O último a subir foi o socorrista Manuel Gonzales, que comemorou diante da câmera.

Uma multidão se formou ao redor do túnel. Quando apareceu, Manuel foi abraçado pelos colegas. O médico-socorrista tinha sido o primeiro a descer até a mina.

A luz acesa na mina mostra que os trabalhos estão praticamente encerrados, enquanto isso as famílias dos trabalhadores vieram até o morro, onde há semanas vem fazendo preces e orações para, mais uma vez, agradecer pelo sucesso desse resgate.

E esse desfecho só foi possível depois de uma operação muito bem planejada e transmitida ao vivo para o mundo todo.

Na noite de terça, a primeira cena do subsolo impressionou. Era a chegada de Manuel Gonzales, monitorada por um computador.

Para que a imagem não perdesse muita qualidade, os técnicos levaram um cabo de fibra ótica até a mina, por um dos pequenos túneis auxiliares.

A câmera serviu para que os operadores do guincho pudessem controlar a descida final e evitar que a cabine batesse com muita força no solo.

Nesta quinta, o presidente Piñera foi visitar os mineiros no hospital de Copiapó. Praticamente todos estão bem. Apenas um deles está sendo tratado de uma pneumonia e já melhorou.

Sebastian Piñera convidou o grupo para uma partida de futebol no Palácio de la Moneda, a sede do governo chileno, contra uma equipe da presidência e brincou: quem vencer fica no palácio, quem perder, volta pra mina.

O presidente também fez uma promessa nesta quinta-feira: a de que nunca mais os mineiros chilenos irão trabalhar em condições tão perigosas.

O hospital de Copiapó informou que três mineiros já foram autorizados a receber alta. Nos primeiros dias, eles usarão óculos escuros como proteção.

Fonte: Portal de notícias G1

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